24-07-2010
Sorte?
Muita gente fica esperando aquela oportunidade de ouro aparecer para se dar bem na vida, às vezes azeitada com algum tipo de desonestidade e implementada sob a égide da “lei de Gerson”. Costumam chamar isso de “destino” ou “sorte”. Pois saiba que a sorte não existe e se você ficar esperando por ela é muito provável que dependerá no futuro do INSS ou de parentes para não passar necessidade. Assim é a vida.
Em nossa vida estamos diante de um grande campo que nosso dia a dia nos apresenta. Podemos ficar dormindo ou trabalhar a terra. O agricultor sabe que se não cuidar da terra e semear boas sementes, não colherá bons frutos. Pois na vida colhemos exatamente o que semeamos e na mesma proporção do trabalho investido. Todo sucesso tem um preço e o tamanho do sucesso estará relacionado ao esforço despendido. Pequenas montanhas são mais fáceis de serem escaladas, mas prometem uma satisfação menor. Altas montanhas não são para todos, pois as dificuldades são imensas para se escalar, mas os tesouros que elas têm a disposição dos que chegarem no topo são inigualáveis. Por isso tantos desejam e tão poucos a alcançam, pois apenas alguns se dispõem a pagar o preço da subida. Como nos ensina Lord Beaverbrook, não faz sentido a idéia de que alguns nasceram com sorte e outros não, da mesma forma que alguns nasceram para ser altos e outros baixos. Grande parte da "boa sorte” pode ser explicada pela diligência e discernimento, e a maior parte da “má sorte” pela preguiça e acomodação. Cuidado, os fracassados vivem culpando os outros pelo próprio insucesso porque, incapazes que são, vivem esperando que os outros façam por si o que deveria ser feito por eles mesmos.
Os fracassados, sempre que vêem o sucesso de algum conhecido, são peritos em encontrar justificativas no processo de auto-engano ao afirmar que foi por sorte ou por desonestidade, quando que na maioria das vezes por detrás de tanto sucesso está uma palavra mágica tão negligenciada pelos fracassados que se chama trabalho. Então meu amigo não confie na sorte. Num universo tão governado pela lei da causa e do efeito, confiar na sorte é deixar o barco a deriva e não tomar controle sobre o timão da própria vida. Os que estão progredindo e parecem ter sorte, é justo pensar que são pessoas que trabalham e estão pagando um preço para isso. Não espere também o sucesso vir por meios desonestos. É mais estultice do que acreditar e esperar na sorte. Quem se deixa levar pela sorte está condicionando sua vida à circunstâncias fora do seu controle. Se existir alguma chance de controlar os fatores externos, é tolice renunciar a esse direito e deixar a vida nos levar. Quanto mais fracassadas são as pessoas, menos dinheiro têm no bolso e mais facilmente renunciam ao controle da própria vida e se entregam à fantasia da “sorte” e tome loterias. Quando passo em frente a uma casa lotérica em plena luz do sol num dia espetacular para se dar o primeiro passo para uma guinada na própria vida e vejo filas imensas de pessoas aguardando a vez para gastar alguns reais na esperança de ser “visitado” pela sorte, tenho a nítida sensação que a multidão dos fracassados tem aumentado. Essas pessoas desistiram de caminhar com as próprias pernas e então buscam um milagre, uma sorte e mal se dão conta que cada vez que jogam ficam um pouco mais pobres porque gastaram mais um pouco de dinheiro e perderam uma ótima oportunidade de trabalhar e construir o próprio caminho em direção ao sucesso.
Você pode ter nascido num lar em condições financeiras altamente favoráveis ou então em uma favela ou algo parecido. Ë fácil imaginar que o primeiro foi “sortudo” enquanto que o segundo não foi abençoado por Deus. Ledo engano. Ambos, se quiserem ser gente, terão que pagar um preço pelo próprio sucesso, o riquinho e o favelado. A diferença é que o segundo terá um forte estímulo a lutar para crescer e subir à montanha e o primeiro terá grande tentação de ser dominado pela inércia e será apenas mais um inútil nessa vida, ainda que com dinheiro no bolso, porque se permitirá crer que já está no topo da montanha pelo dinheiro do pai. O dinheiro é ótimo de se ter, mas o grande tesouro está no processo de transformação que um indivíduo passa para conseguir ter sucesso e dinheiro. Quando essa etapa é cortada ou porque se nasce em uma família rica, ou porque se ganha na loteria uma fortuna, o tesouro veio sem a transformação e o merecimento pessoal. Isso explica porque tantas pessoas pobres que ganham um grande prêmio nessas loterias, quase sempre em alguns anos voltam a ser pobres. O dinheiro que se tem no bolso é conseqüência do nível de riqueza da mente. Basta mudar a mente e o nível de riqueza do bolso também muda. Contrário do que muita gente pensa, o grande problema da pessoa pobre financeiramente não está no bolso e sim na mente. O primeiro grande passo em direção à riqueza é abrir a mente a novas oportunidades. Elas estão aí bem do seu lado te procurando e esperando que você se dê uma chance. Abra os olhos! Não as deixe passar! E isso depende somente de você.
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