12-12-2009
Promoções!
O natal está chegando e estão de olho no seu rico dinheirinho. Você trabalho duro esse ano, acabou de receber seu 13º salário e Já fazem alguns meses que o comércio centralizou a propaganda nesse dinheirinho extra. Querem arrancar até o último centavo do teu bolso e, não satisfeitos, querem que você entre o mês de janeiro totalmente endividado. Você se deu conta que se ligar uma televisão ou então se olhar esses grandes painéis de propaganda espalhados pelas ruas, lá estão propagandas que buscam te enganar. Isso mesmo enganar.
O princípio básico de toda propaganda é ser a ponte de informação entre o produtor e o consumidor ou seja uma empresa coloca no mercado um determinado produto e através da publicidade faz com que as pessoas tenham conhecimento da existência do tal produto. O problema é que toda a publicidade segue regras pouco rígidas e nem sempre fiscalizadas em seu cumprimento, abrindo espaço para propagandas enganosas. Vejamos algumas delas.
Um determinado fabricante de automóveis coloca publicidade em toda a mídia anunciando seus automóveis com os seguintes dizeres em letras garrafais: “ entrada, prestações fixas e 0% de juros”. Mas, em letras minúsculas, que nem com lupa é possível ler direito, está escrito em algum lugar: ”Entrada de 70% do valor total do veículo e 12 prestações”. Ora, em se tratando de um automóvel de 100 mil reais, o possível comprador deveria ter 70 mil reais na mão e pagaria mais um ano de prestações de 3.600 reais. O sujeito corre na concessionária e somente la se dá conta das reais condições, mas aí o vendedor tem outros “argumentos” para tentar vender a qualquer custo aquele ou outro automóvel.
Outra propaganda feita principalmente por algumas cadeias de lojas que vendem eletroeletrônicos diz o seguinte: “ geladeira duplex em 15 vezes sem juros, com prestações que cabem no seu bolso”. Quando colocam o valor total a ser pago é em letras minúsculas, mas o valor da prestação está escrito em letras enormes. Uma vez eu fiz um teste no comércio. Queria comprar uma geladeira e tinha o dinheiro para comprá-la a vista. Os melhores preços que eu encontrei eram de duas grandes redes de lojas que vendem esse tipo de produto. Mas ambas diziam em suas propagandas: “ tudo em 10 vezes sem juros”. Peguei o orçamento por escrito do modelo e marca da geladeira que eu queria em ambas as lojas e disse que queria pagar a vista. Em princípio ambas disseram que o valor era o mesmo, pois o preço em 10 vezes era o valor a vista. Bem iniciei um longo processo de negociação ora com uma loja ora com outra. Quando conseguia um melhor preço na primeira, pedia por escrito e ia até a segunda e mostrava para o vendedor. Esse corria até o seu gerente e voltava com um valor mais em conta do que o preço da outra loja. Foram varias horas, foi até divertido, mas comprei a geladeira pela metade do preço que estava anunciado que era “preço a vista em 10 suaves prestações”.
O Nobel de economia de 1976, Milton Friedman, cunhou uma frase que se tornou célebre. Ele dizia que não existe almoço grátis. Se você vai passar o domingo na casa da sua sogra e ela oferece um gostoso almoço você não paga nada, mas ela assumiu o custo ao fazer a compra dos ingredientes no mercado. Os juros internos no Brasil atualmente têm variado de 1.5% nos empréstimos habitacionais subsidiados, até 12 por cento ao mês nos cartões de crédito. No comércio os juros variam de 4 a 8% ao mês. Se o lojista ao pegar dinheiro no banco paga juros exorbitantes, você acha que ele vai te repassar um produto em 10 ou 15 vezes sem juros? Se fizesse isso iria a falência em poucos meses.
Abra bem seus olhos e não compre por impulso. As propagandas sempre buscam te ludibriar, te enganar. É tanta pressão da propaganda que uma grande parte das pessoas compra sem ter o dinheiro numa inversão perigosa onde primeiro se compra o bem de consumo e depois se vai ganhar o dinheiro para pagar. Inverta a situação. Planeje compra um bem que realmente necessite. Trabalhe e poupe até ter o dinheiro para comprar à vista. Fuja dos carnets de prestações. Eles são teus maiores inimigos econômicos.
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