Cláudio Vital de L. Ferreira*
Primeira lei: todo ato gera um efeito que pode ser imediato, mas muitas vezes seu efeito é retardado. A única certeza é que essa lei jamais falha, ainda que possamos não identificar sua conseqüência. Segunda lei: cada ato, como as sementes, geram frutos da mesma natureza. Terceira lei:O universo recompensa cem por cento dos atos praticados. Talvez você, como eu fiz tantas vezes, possa imaginar que quando faz algo “escondido”, não existem conseqüências. Erro fatal, pois para o Universo, ou Mente ou então em outra palavra Deus, não existe absolutamente nada que se faça que não seja percebido. É a justiça divina se manifestando para que todos, sem exceção, sejam recompensados por seus atos exatamente na mesma proporção em termos de intensidade, natureza e valor. Veja que coisa maravilhosa, você nunca está só,e é acompanhado 24 horas por dia para que cada ato seu seja recompensado. Primeira grande lição: não existe dívida impagável. Faça tudo com amor sempre e em todos os casos, ainda que possa demorar e o pagador possa não ser a mesma fonte da qual você imagina ser merecedora da quitação do débito, receberá tudo com juros e correção. Anota ai: quanto mais tempo demorar em receber a dívida, se alegre, pois os valores estão “aplicados” a juros compostos e você receberá muito mais do que deu. Não estou me referindo às recompensas prometidas pelas Instituições religiosas para depois da morte. Não morreremos sem tudo estar acertado, quer em relação aos créditos ou aos débitos que temos acumulados durante a vida. Aliás, muitas vezes o processo de morrer é o grande acerto para muita gente.
Muitas vezes ouvimos falar de “justiça divina” e associamos sua execução com o pós morte, dentro da doutrina do Juízo Final. Aí se prega que esse Juízo não é executado neste mundo. Pior do que isso, afirma-se que neste mundo os perversos têm vez, os corruptos vencem, os desonestos têm vida folgada, os anti-éticos levam vantagens em tudo, e os “corretos” ou “bons”, quase sempre pobres, devem esperar a recompensa no céu, pois nessa vida eles serão infelizes, excluídos de quase tudo, principalmente do usufruto das riquezas. Que as casas, os automóveis de luxo, as terras, e quase todos os bens que essa vida oferece, são possuídos por gente sem princípios, enquanto que os santos são pobres e desprezados por todos. É como se existisse uma espécie de acordo inconsciente em que o primeiro grupo busca o benefício próprio na base da lei do mais forte e do levar vantagem em tudo, enquanto que o segundo grupo, como diz Emerson(Ralph Waldo): “nós pecaríamos agora, se pudéssemos; não sendo bem sucedidos, esperamos nossa desforra amanha”. Entenda-se amanha por depois da morte.
O grande erro de todo esse raciocínio é acreditar que os maus são bem sucedidos e os bons pobres e fracassados. Que a justiça somente é feita “depois”. Há uma avaliação mesquinha imposta pelo sistema econômico vigente sobre o que se constitui o sucesso. Como conseqüência se rouba, se explora outras pessoas e se destrói a natureza em função de lucro e bens materiais. Não esqueça, sua vida é uma jóia preciosa necessitando com isso que você cuide bem dela. Todo ato que você praticar durante a vida recompensará a si mesmo, porém muitas vezes se desdobra por um longe período de tempo, e assim não se torna evidente a não ser muitos anos depois. O amor e o benefício, da mesma forma que o crime e o castigo, surgem de uma mesma haste, pois o universo funciona de forma dual.O castigo é um fruto que, ainda não o saibamos, amadurece dentro da flor do prazer que o esconde, da mesma forma que o benefício é o broto nascido no adubo do sacrifício. Como afirma Emerson, ¨ Causa e efeito, meios e fins, semente e fruto, não podem ser separados, pois o efeito já está contido na causa, o fim existe de antemão nos meios, o fruto na semente”.
Assim, ainda que a mente minta e tantas vezes você é fraco e acredita piamente na mentira criada por ela, não esqueça que o mundo é interligado e todos fazemos parte desse universo e cada ato afeta a todos. A recompensa virá sempre, ainda que em nosso juízo de valores possamos identificá-la como “castigo” ou “recompensa”, pois as sementes que plantamos sempre darão frutos da mesma espécie. Quanto fizer algo, se esperar recompensa pelo ato, este virá destituído de amor, e a recompensa poderá ter a valência inversa da esperada. Pratique o bem, ame indistintamente a todos, pague o preço do desenvolvimento pessoal e verá que, do meio de tantos aparentes espinhos, desabrochará a flor mais linda e desejada por todos: a flor da felicidade.
* Psicólogo,Dr. Em saúde mental, Psicanalista e escritor- Prof. Associado
- Instit. de Psicologia-UFU-Email: cvital@mailcity.com Tel.034-9158-9012
www.drclaudioferreiracoach.com
Esse artigo será publicado no jornal Correio de Uberlandia em 2/10/2010
martes, 28 de septiembre de 2010
domingo, 26 de septiembre de 2010
PERFEIÇAO DEMONSTRADA
Texto publicado no jornal Correio de Uberlandia em 25/09/2010
Perfeição Demonstrada
O processo em direção à perfeição convida para que se saia de si mesmo. É necessário aprender a demonstrar e a fazer da sabedoria uma coisa da vida e não somente de palavras. Esse caminho exige não repetir nenhuma espécie de imperfeição, mas estar vendo, escutando e repetindo somente o Bem, o Bem, sempre e em qualquer circunstância, mesmo que as aparências sejam ao contrário.
É indispensável que se tome a resolução a cada manhã logo ao abrir dos olhos e se lembre dela a cada hora do dia. Decretar a perfeição, a harmonia, a saúde e a certeza de que aquele dia será um dia simplesmente maravilhoso. Ver a perfeição, perfeita Causa e Efeito, perfeito Deus e perfeito homem e se recusar a fazer qualquer tipo de exceção. Se recusar a admitir a mais leve imperfeição em si mesmo, em seus amigos, em seus negócios e nos negócios do mundo. Necessário aderir radicalmente à atitude de ver a perfeição de Deus em tudo o que Ele fez. Ver o mundo com os olhos de Deus. Recusar-se a vê-lo de qualquer outra forma. Quando crianças, observamos tudo com os olhos de Deus, mas que aos poucos, pelas circunstancias vividas, vamos substituindo pelos olhos da imperfeição. Com eles, conseguimos apenas ver problemas, salientar os limites dos outros, nos tornamos egoístas e aos poucos vamos nos afastando de nossa origem de perfeição.
Faz sentido e lógica parar uma dezena de vezes ao dia para renovar a resolução de perfeição e para verificar,cuidadosamente, se não se está repetindo o erro, abrindo caminho ao medo e ao senso crítico. Vigiar o pensamento até mesmo a respeito dos desconhecidos, quer seja um alejado, um velho, um mendigo ou alguém desagradável à vista, e inclusive animais abandonados. Tomar realmente essa atitude radical para ver a perfeição em todas as coisas e absolutamente não abandonar esse perfeito ponto de vista. Sim, no começo será difícil, pois nos habituamos a ver a tudo e a todos com os óculos do mal que à primeira vista, quando vestimos os óculos de Deus, nossa ingenuidade e insensatez pode nos levar a pensar que estamos correndo sérios riscos na selva de pedra em que vivemos. O mal que vemos fora somente é percebido porque encontra modelos identificatórios dentro de nós. Assim o mal está antes de tudo na nossa mente e no nosso coração. Não podemos mudar o mundo, mas podemos mudar a nós mesmos.
Treine-se e crie o hábito de jamais substituir os olhos de Deus para ver, sentir e observar. Se fizer isso, verá que o resultado será realmente maravilhoso. Experimente, e você vai esquecer-se de usar seus óculos, pois eles não mais serão necessários. Você estará com os olhos de Deus, contemplando o perfeito universo, a sua harmonia e infinitude, porque as condições vistas de fora são imagens de nossos pensamentos de dentro. Para mudar a imagem, temos que mudar os pensamentos que produziram essa imagem. Vigie o que você coloca em tua mente, pois toda semente produz apenas e somente frutos de sua espécie. Somos aquilo que pensamos. Nos tornamos aquilo em que acreditamos, por isso, em relação ao que pensamos sobre nós mesmos, sempre estamos certos. Auto-condenação, auto-depreciação, medo, parecerão arrastar os que não estiverem vigilantes. Liberta-se de forças negativas que podem se apossar da tua mente. Livre-se de todo e qualquer sentimento de carência. Não dê forças a qualquer espécie de medo. É bem verdade que faz parte da natureza humana sentir medo, mas a grande diferença entre um sábio e um tolo é que ambos sentem medo, mas o primeiro vai em frente apesar do medo.
Reveste, pois, teus pensamentos com a roupagem de Louvor, da Alegria e da felicidade. Agradeça por cada nascer e pôr do sol. Agradeça pela natureza e pela vida. Busque escutar a harmonia do canto dos pássaros e o uivar do vento nas folhas das árvores. Não perca o espetáculo indescritível e único do desabrochar de uma flor. Aprecie as cores que te são ofertadas na primavera. Aproveite o calor acalentador do verão que fortalece a vida. Ame mais, diga “te amo” para todas as pessoas que te são caras. Não deixe de compartilhar os momentos da infância de teus filhos, pois um dia eles levantarão vôo e esses momentos não retornarão nem na lembrança, mas apenas na amarga saudade de um tempo não vivido nem compartilhado com quem você ama e deu vida, por ter sido sufocado pelas preocupações e pelos afazeres.
( Adaptado de um texto escrito por Tom Linson, que conviveu 12 anos com Mary Baker Eddy, criadora da Ciência Cristã, na segunda metade do século XIX).
www.drclaudioferreiracoach.com
Perfeição Demonstrada
O processo em direção à perfeição convida para que se saia de si mesmo. É necessário aprender a demonstrar e a fazer da sabedoria uma coisa da vida e não somente de palavras. Esse caminho exige não repetir nenhuma espécie de imperfeição, mas estar vendo, escutando e repetindo somente o Bem, o Bem, sempre e em qualquer circunstância, mesmo que as aparências sejam ao contrário.
É indispensável que se tome a resolução a cada manhã logo ao abrir dos olhos e se lembre dela a cada hora do dia. Decretar a perfeição, a harmonia, a saúde e a certeza de que aquele dia será um dia simplesmente maravilhoso. Ver a perfeição, perfeita Causa e Efeito, perfeito Deus e perfeito homem e se recusar a fazer qualquer tipo de exceção. Se recusar a admitir a mais leve imperfeição em si mesmo, em seus amigos, em seus negócios e nos negócios do mundo. Necessário aderir radicalmente à atitude de ver a perfeição de Deus em tudo o que Ele fez. Ver o mundo com os olhos de Deus. Recusar-se a vê-lo de qualquer outra forma. Quando crianças, observamos tudo com os olhos de Deus, mas que aos poucos, pelas circunstancias vividas, vamos substituindo pelos olhos da imperfeição. Com eles, conseguimos apenas ver problemas, salientar os limites dos outros, nos tornamos egoístas e aos poucos vamos nos afastando de nossa origem de perfeição.
Faz sentido e lógica parar uma dezena de vezes ao dia para renovar a resolução de perfeição e para verificar,cuidadosamente, se não se está repetindo o erro, abrindo caminho ao medo e ao senso crítico. Vigiar o pensamento até mesmo a respeito dos desconhecidos, quer seja um alejado, um velho, um mendigo ou alguém desagradável à vista, e inclusive animais abandonados. Tomar realmente essa atitude radical para ver a perfeição em todas as coisas e absolutamente não abandonar esse perfeito ponto de vista. Sim, no começo será difícil, pois nos habituamos a ver a tudo e a todos com os óculos do mal que à primeira vista, quando vestimos os óculos de Deus, nossa ingenuidade e insensatez pode nos levar a pensar que estamos correndo sérios riscos na selva de pedra em que vivemos. O mal que vemos fora somente é percebido porque encontra modelos identificatórios dentro de nós. Assim o mal está antes de tudo na nossa mente e no nosso coração. Não podemos mudar o mundo, mas podemos mudar a nós mesmos.
Treine-se e crie o hábito de jamais substituir os olhos de Deus para ver, sentir e observar. Se fizer isso, verá que o resultado será realmente maravilhoso. Experimente, e você vai esquecer-se de usar seus óculos, pois eles não mais serão necessários. Você estará com os olhos de Deus, contemplando o perfeito universo, a sua harmonia e infinitude, porque as condições vistas de fora são imagens de nossos pensamentos de dentro. Para mudar a imagem, temos que mudar os pensamentos que produziram essa imagem. Vigie o que você coloca em tua mente, pois toda semente produz apenas e somente frutos de sua espécie. Somos aquilo que pensamos. Nos tornamos aquilo em que acreditamos, por isso, em relação ao que pensamos sobre nós mesmos, sempre estamos certos. Auto-condenação, auto-depreciação, medo, parecerão arrastar os que não estiverem vigilantes. Liberta-se de forças negativas que podem se apossar da tua mente. Livre-se de todo e qualquer sentimento de carência. Não dê forças a qualquer espécie de medo. É bem verdade que faz parte da natureza humana sentir medo, mas a grande diferença entre um sábio e um tolo é que ambos sentem medo, mas o primeiro vai em frente apesar do medo.
Reveste, pois, teus pensamentos com a roupagem de Louvor, da Alegria e da felicidade. Agradeça por cada nascer e pôr do sol. Agradeça pela natureza e pela vida. Busque escutar a harmonia do canto dos pássaros e o uivar do vento nas folhas das árvores. Não perca o espetáculo indescritível e único do desabrochar de uma flor. Aprecie as cores que te são ofertadas na primavera. Aproveite o calor acalentador do verão que fortalece a vida. Ame mais, diga “te amo” para todas as pessoas que te são caras. Não deixe de compartilhar os momentos da infância de teus filhos, pois um dia eles levantarão vôo e esses momentos não retornarão nem na lembrança, mas apenas na amarga saudade de um tempo não vivido nem compartilhado com quem você ama e deu vida, por ter sido sufocado pelas preocupações e pelos afazeres.
( Adaptado de um texto escrito por Tom Linson, que conviveu 12 anos com Mary Baker Eddy, criadora da Ciência Cristã, na segunda metade do século XIX).
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