13-11-2010
O ego e o Monte Everest
Você deve estar se perguntando o que tem a ver o Monte Everest com o Ego.Vou explicar e espero que ao final dessa leitura tenha conseguido me fazer entender. Como psicólogo de formação aprendi que o Ego é a parte de nossa personalidade consciente e que tem conexão com as leis da realidade. Por muito tempo me guiei por essa definição que ajudou a entender um pouco as pessoas e a mim mesmo. Mas de uns anos para cá, tendo estudado o ego sob um outro ângulo ou então a partir de uma definição um tanto distinta, onde seu conceito estaria relacionado com uma mistura de auto-imagem alterada e sentimentos de arrogância, orgulho e prepotência. Percebi que grande parte das pessoas sofre desse mal e, o pior é que os mais doentes quase sempre são fracassados buscando uma compensação na auto enganação. Diante do tamanho do ego dessas pessoas, quase sempre o Monte Everest se parece uma montanha comum. Essas pessoas ficam tão desesperadas na busca do sucesso que se utilizam de atalhos como desonestidade, deslealdade, corrupção e do mais deslavado egoísmo, prejudicando a todos e até à natureza, sem se dar conta que quanto mais agem assim mais o afastam de si, pois o sucesso é uma deusa caprichosa que exige lealdade e princípios para poder compartilhar seus encantos.
Convivo em um meio onde tenho amigos que ganham desde um salário mínimo pelo que fazem, e outros que ganham mais de cem mil reais por mês. Os com menos sucesso financeiro são quase todos empregados e os ricos são alguns empresários mas, os que têm melhor situação econômica são autônomos e trabalham pelo sistema de marketing de rede multinível, como distribuidores independentes. Em minha fantasia esperava encontrar a arrogância nos ricos e a percebia confortavelmente instalada nos pobres. Pior do que isso parecia claro que os sentimentos de arrogância, prepotência e orgulho eram inversamente proporcionais às riquezas acumuladas. Percebi também que a riqueza ou a pobreza não tem relação direta com o nível de escolaridade, pois conheço várias pessoas que estudaram muito, chegando até ao nível de doutoramento, mas que são pobres, muitas vezes não somente economicamente mas também como pessoas. Por outro lado, conheço várias pessoas que tiveram uma educação formal que não passou do segundo grau, mas que adquiriam as informações corretas e que são extremamente bem sucedidas nos níveis econômico, afetivo e pessoal.
Presta atenção, você é muito importante, mas por pouco tempo. O seu sucesso ou fracasso lhe pertencem, para a felicidade ou ruína. Mas, como nos ensina Napoleon Hill, seu sucesso nunca é maior do que a humanidade. Não importa quão grande seja sua fortuna, no final não valerá nada e você nem ao menos conseguirá desfrutá-la se não for sábio. Evidente que uma vida bem sucedida deixa monumentos, principalmente se seu poder econômico acumular também o poder político. Todos sabemos que na selva da vida caminhamos sozinhos em uma estrada rodeada de perigos e, por mais que tenhamos pessoas que nos ajudem, a decisão final de cada passo que dermos nos pertence. Nessa caminhada temos dentro de nós os meios para vencer os inimigos da mente e estabelecer formas de riqueza verdadeira e felicidade permanente. Ainda que às vezes possamos ter a sensação que caminhamos sozinhos, somos observados a cada segundo de nossas vidas por forças e valores de um mundo além de nossos sentidos e que estão a nosso dispor para ultrapassarmos os limites das forças dessa natureza. Alguns chamam a isso de força do Universo. Eu chamo de força de Deus, pois, quando todos os instrumentos humanos falham ou alcançam seus limites na solução de nossos problemas, é que percebemos que temos uma força infinita a nossa disposição, cuja chave para recebê-la encontra-se no seio da espiritualidade.
Não há nada de errado com as riquezas ou com a pobreza. Ambas trazem em si as sementes do bem e do mal e apenas s sabedoria nos permitirá separar o joio do trigo. A riqueza material pode nos dar uma qualidade de vida material melhor, mas também pode nos levar a destruição. A pobreza nos fecha muitas portas do consumo, mas traz em seu bojo a semente da transformação e da luta para o sucesso. Como diz Napoleon Hill “ agora compreendo que não havia nada de errado com os Rolls-royces, nem com minha propriedade de Catskill Mountain; minha atitude é que era errada. Eu me levava exageradamente a sério. A sensação que eu causava ao mundo importava mais do que o respeito pelo mundo que me havia dado oportunidades”. Jamais esqueça, não importa quem você seja, nem o tamanho do ego que você se atribui, saiba que o mundo à sua volta é maior e mais importante do que você. Que você está de passagem e o mundo vai continuar e o que vai sobrar de sua vida será a lembrança dos teus atos na mente das pessoas e do quanto você as ajudou e as amou.
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