sábado, 25 de diciembre de 2010

A riqueza e a pobreza da mente!

18-12-2010


A riqueza e a pobreza da mente!



O pobre é um sujeito ousado. Ele consegue sair para as compras, muitas vezes desempregado, sem um tostão no bolso, entrar em uma loja e sair de lá com as mãos com várias sacolas cheias de produtos que pretende pagar em muitas “suaves prestações” com o dinheiro que pretende ganhar ainda. Essa atitude pode até ser cômoda, mas, como todo ato produz conseqüências, gastar o que não se tem não reflete sabedoria e o custo dessa fatura será bem maior do que as prestações a serem pagas pelos produtos.

Existem muitas diferenças entre um rico e um pobre. Uma delas é que o pobre, para justificar seu fracasso financeiro, mente para si mesmo dizendo que “o dinheiro não é importante”, “que o que eu ganho é o suficiente” e ”eu não preciso mais do que isso”. Quando alguém se permite a uma auto-enganação tão gritante, fico imaginando em quantas outras coisas ele costuma mentir. Essa pessoa pertence ao grupo da maioria, chamada de “povo” ou “massa” que sai de madrugada de casa para ir ao trabalho e chega tarde da noite, tudo para ganhar um salário quase sempre tão baixo que o obriga a fazer “compras em suaves prestações”. Outra grande diferença entre um rico e um pobre está na mente. Ao pobre lhe falta dinheiro no bolso e ao rico seus bolsos estão abarrotados de dinheiro porque o primeiro tem a mentalidade pobre e o segundo a mentalidade rica. O dinheiro no bolso é conseqüência da riqueza da mente. Quando falo de se ter mente rica, me refiro a uma mente aberta às oportunidades, uma mente que sonha e está disposta a construir uma ponte de trabalho no abismo que separa o simples sonhar e a concretização do sonho.

Nos ensina R.Waldo Emerson, que o segredo do sucesso financeiro não está nunca no montante de dinheiro, mas sim no equilíbrio entre a renda e a despesa. Não importa o montante. Assim que o orçamento está delimitado pelo emprego ou qualquer tipo de renda, sendo acrescentadas novas fontes de renda e seguras, por mais modestas que sejam, a riqueza começará. Mas, com freqüência, na mentalidade pobre, quando a renda aumenta, as necessidades aumentam mais depressa ainda. O homem de mentalidade pobre, quando chega ao final do mês e percebe que lhe sobrou qualquer que seja a quantidade de dinheiro depois de ter pago todas as contas do mês, achando que estará fazendo um mimo, chega para a esposa e lhe pergunta como gastarão aquela quantidade, garantindo assim a continuação da pobreza, em vez de iniciar a escalada em direção à riqueza. Nesse tipo de mentalidade, a necessidade é um gigante crescente que o manto dos ganhos nunca é suficiente para cobrir.

Mentalidade rica cuja postura já começa a surtir efeitos na prática, jamais compra em prestação, pois sabe que deve-se comprar com o dinheiro que se tem. A mente do pobre foi induzida a pensar que se deve satisfazer as necessidades para depois ir pagando o débito a perder de vista, com o dinheiro que se supõe será ganho. É tão verdade que a solução da pobreza está na mente e não no dinheiro que se verifica geralmente que uma riqueza repentina, como um grande prêmio ganho na loteria ou uma grande herança legada a uma família pobre, não os enriquece de forma permanente. O que ocorre é que as pessoas possuem uma mente identificada com a pobreza e não fizeram ainda o aprendizado da fortuna e com a fortuna rápida vem rapidamente as pretensões e necessidades. Como não sabem repeli-las e muito menos aprenderam administração financeira, a riqueza é dissipada rapidamente.

A vida nas grandes cidades criou muitas necessidades e sua satisfação custa dinheiro. As pessoas que nasceram e viveram na roça, tinha na agricultura a satisfação das necessidades.Plantavam tudo o que consumiam, se alimentando bem. Muitas das pessoas que hoje estão vivas e saudáveis e em idade acima de oitenta anos, viveram boa parte de suas vidas na roça. A agricultura poucas vezes fornecia o dinheiro e o lavrador dele prescindia. Se caía doente seus vizinhos lhe vinham em auxílio: cada um dava uma ou meia jornada de trabalho, emprestava sua parelha de bois ou seu cavalo e não deixava perecer as plantas cavando as batatas, cuidando do milho e colhendo o arroz, pois ninguém alugava seu trabalho. No outono, o camponês matava um boi ou um porco e vendia a metade para obter um pouco de dinheiro para pagar seus impostos. A outra metade, parte dela salgava para consumo próprio e parte distribuía para os vizinhos em retribuição às generosas porções recebidas. Hoje em dia o lavrador compra quase todos os objetos de consumo e boa parte deles são necessidades criadas pelo mundo moderno. A vida era diferente, as necessidades eram outras, mas na roça também existiam pobres e ricos porque, não importa quando nem onde, o princípio que rege a riqueza está na mente e se concretiza no gasto sempre inferior aos ganhos e o investimento do excedente: Aí está o início da riqueza.

No hay comentarios:

Publicar un comentario